domingo, setembro 12, 2010

...quando me dá a gosma...

... dá-me muitas vezes, ao ler coisas destas.



Dá-me um prazer particular tirar a fotografia e colocá-la aqui. Podia passar o artigo pelo scanner, mas não.

Se ainda não leram, é melhor ler primeiro.

Que caramba de "movimento masculino" é este que se vem gerando há uns tempos?
Antigamente, chamar a uma rapariga "maria-rapaz" NÃO era um termo carinhoso. Nada tinha de carinhoso.
Abano a cabeça, incrédula, ao ler que o próprio autor deste texto, quando tinha 15 anos, se recorda que, conversas sobre mulheres e sexo, namoradas e assim, só tinham os rapazes. Pois acho que recorda mal.
Olhando para a fotografia mal amanhada que está no jornal, o autor deve ser da minha geração. As minhas amigas e eu falávamos de sexo, de rapazes, de namorados, do que fazíamos com eles, e por aí fora - por volta dos 15 anos.

Porque é que há um desejo latente, um silencio ruidoso, por parte de alguns homens que as mulheres sejam como eram antes? Vivemos o tempo que vivemos, estamos onde estamos.
Nesta altura das nossas vidas, é assim que está a sociedade. Aceite-se o poder feminino, de falar, de escarafunchar sexualidades, de as mulheres fazerem as mesmas asneiras que os homens faziam, quando tinham 15 anos.

Bem vistas as coisas, garanto, a maioria dos homens não faz a mais pequena ideia do que falamos, nós mulheres, quando estamos entre nós.
E, pelos vistos, também não sabia quando ele próprio tinha 15 anos.

Ao fim e ao cabo, convenhamos, se as gabarolices dos 15 anos existiam entre os rapazes, também existiam há 20 anos atrás entre as raparigas.

Pena é que, ainda hoje, alguns homens falam do que não fazem. Porque os que fazem, não precisam de falar disso. São seguros, emocionalmente estáveis. Não se assustam com esse bicho perigoso que é a mulher.

Tenho pena deste senhor, coitado! Deste e dos que pensam como ele. Mulheres como eu damos cabo deles, com um simples estalar de um dedo.

Tufa! Já está!

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