quinta-feira, janeiro 21, 2010

...não apetece...

não apetece nada falar de desgraças...
mas que as há, há!

coisas que acontecem há centenas de anos, há milhares ...
aparentemente, nada que possamos predizer (senão predizíamos)
ou prever...

não vou pós-ver...

sei que há desgraças a acontecer...
falar delas é gastar palavras, escrever sobre elas é um desgaste maior.

é importante ter consciência que falar sobre as desgraças não as torna menos desgraçadas.
sabe-se uma vez ... e chega.

não vale a pena bater nas desgraças, vezes sem conta.

desgraçadas já elas são...

o que vale a pena, isso sim, é fazer. agir.

tirar férias do dia-a-dia que suportamos e partir rumo ao desconhecido desgraçado.
para ajudar, com as mãos, os pés, a cabeça ao frio (ou ao calor)

se ficarmos em casa, a ver as desgraças num espaço rectangular,
delas nos alimentamos, para falarmos delas mais tarde, no café,
para nos integrarmos naquela pausa conversada a meio da manhã no emprego,

ná!

não vale mesmo a pena.

no nosso pequeno mundo, se partíssemos rumo ao desconhecido desgraçado,
talvez a desgraça pudesse ser o estandarte da nossa própria graça e benção,

estamos vivos nós;
nestas alturas, parece que estamos tão mortos, como os que caíram nessa desgraça.

1 comentário:

Susanowa disse...

Isto de falar de desgraças é uma desgraceira desgraçada... não tem graça nenhuma... :o)