sexta-feira, julho 10, 2009

Até breve, Pina!

Com a morte de figuras mais "mediáticas", reportagens das quais, confesso, já estou um bocado farta (já chega!), passou ao lado da maior parte das pessoas a morte, no passado dia 30 de Junho, da coreógrafa alemã Pina Bausch. Lamentavelmente, só uma elite ligada ao mundo da Dança Contemporânea vai sentir a falta desta mulher.



Carismática, Pina nasceu na Alemanha - Philippine Bausch.
Os pais tinham um restaurante, uma hospedaria e ali ela viu muitas vidas passar-lhe pela frente.

Aos 15 anos, Pina ingressou na Academia de Dança de Folkwang, dirigida por Kurt Joos (coreógrafo expressionista).

Pela sua excelência, aos 18, ganhou uma Bolsa para a famosa Juilliard, em Nova Yorque. Estudou com os melhores do mundo: Anthony Tudor, José Limón, Paul Taylor.
Convidam-na para integrar o New American Ballet e mais tarde o Metropolitan Opera.

Mas esta alma era maior do que um simples país norte-americano. A criatividade saía-lhe por todos os poros.

Aos 22, Pina regressa a casa, à sua Alemanha, à sua Europa e junta-se ao seu mentor Kurt Joos, para ser solista.
Em 1969, Pina substitui Joos na Direcção da Companhia Folkwang e 4 anos mais tarde é convidada para dirigir o Ballet Wuppertal. Passa a chamar-se Tanztheater Wuppertal Pina Bausch.

Em 1984, a Companhia estreia nos Estados Unidos. Os mais conservadores chamam à sua arte "terrorismo teatral" e "abuso puro e duro" (coitados! eram muito susceptíveis).

Muita coisa se passou a partir deste ano de 84. A vinda da Companhia de Pina Bausch a Portugal foi frequente, mesmo nestes anos mais recentes, nomeadamente de 2 a 9 de Maio de 2008.

Morreu com 68 anos, no final de Junho.


"Interesso-me, não pela forma como as pessoas se movem, mas por aquilo que as faz mover."
Pina

quinta-feira, julho 02, 2009

Encontrei ... encontrei...

Em relação ao post anterior, encontrei outra vez a revistazita e as palavras exactas do "jornalista" (está escrito debaixo do nome dele - Jornalista).

Basicamente fala acerca do álbum Theatrum e diz, passo a citar:

"(...) um disco com uma impressionante carga dramática, raiva, fúria e agressividade e achei estranho a pessoa em nada condizer com aqueles estados de espírito. Sim, percebi que Rodrigo Leão era pouco linear, que tinha muitos altos e baixos, que vivia num mundo à parte, mas pareceu-me tão doce que não encontrei paralelo naqueles sons densos, carregados de imagens pesadas e escuras, quase aterradoras, certamente violentos."

Isto é lindo, realmente!!!
Respondeu-lhe Rodrigo Leão e passo a citar:
"Ando sempre a leste. Sou distraído, inocente e distante de tudo. Sabes, acho as coisas pequenas mais importantes e sou da opinião de que na humildade é que reside a sabedoria."

O remate do "jornalista" também é delicioso e assim termina o "artigo":

"Sócrates, o filófofo, ia gostar de ouvir isso."

arfffff!!! Tive uma quebra de tensão.

Vou num instantinho preparar as coisas para mostrar o lado "maternal" de Rodrigo Leão com uma das músicas de "A Mãe". Volto já.